Prêmio UBS ao Empreendedor Social
14ª Edição, Brasil 2022
O Instituto Mundo Aflora (IMA) é uma organização sem fins lucrativos criada em 2016 e que promove a reintegração efetiva de meninas que estão ou já passaram pelo sistema de justiça juvenil. A missão da organização é que elas tenham oportunidades dentro e fora dos centros para fazerem novas escolhas e que recebam apoio integral para romper os ciclos de pobreza, trauma e crime.
Focado em adolescentes e mulheres entre 12 e 21 anos, o IMA possui uma abordagem transdisciplinar, com escuta qualificada, que permite uma visão integrada de seu público, colocando suas necessidades no centro das tomadas de decisão. A organização possui programas voltados não só para quando essas adolescentes e mulheres estão dentro dos centros de medidas socioeducativas, mas também depois disso, para a reinserção delas na sociedade. Para isso, trabalha de forma colaborativa e em rede com outras organizações que fornecem apoio psicossocial gratuito, oportunidades de educação e trabalho para as meninas beneficiadas.
O IMA almeja contribuir para uma mudança sistêmica também por meio da construção de políticas públicas dentro, por exemplo, do Comitê Paulista de Prevenção de Homicídio de Adolescentes e no planejamento estratégico da Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de SP.
Alguns dos resultados da iniciativa são:
Mais de 4.400 meninas atendidas desde 2016
Dentre as meninas acompanhadas pelo programa Aflora Mundão, 3 estão cursando ensino superior em 2021, 5 conquistaram vagas de emprego ou estão empreendendo e 4 estão no processo de seleção para trabalho
Em 2019, por meio do Programa Vozes, que busca quebrar o ciclo do trauma, o IMA implementou a primeira metodologia baseada em evidência sensível ao gênero dentro de medidas socioeducativas no Brasil.
Formação de 33 mulheres multiplicadoras da metodologia desenvolvida durante a 1ª edição do Programa Vozes. Para as próximas edições, o objetivo é formar 100 mulheres por ano.
Fundada em 2017, a Firgun é uma fintech social que busca reduzir a desigualdade ao viabilizar que empreendedores de baixa renda tenham acesso a microcrédito por meio de investimentos coletivos e crédito direto. Como não usa o sistema tradicional de bureaus de crédito, a Firgun também consegue oferecer linhas de crédito com juros acessíveis e burocracia simples, além de um atendimento humanizado, que leva em consideração a realidade de cada cliente.
Com o auxílio de organizações parceiras focadas na capacitação de empreendedores em temas de gestão, a Firgun identifica leads qualificados e consegue oferecer empréstimos para todo Brasil, sempre analisando diferentes variáveis que permitem a classificação dos perfis de menor risco. Assim, a fintech consegue conceder crédito com uma baixa taxa de inadimplência e menor cobrança de juros, criando um ciclo virtuoso que auxilia na redução das desigualdades.
No cenário de 2030, a Firgun visa escalar o seu impacto por meio da ampliação da frente de projetos em parceria com empresas e fundings, atingindo um maior número de empreendedores e democratizar o acesso ao microcrédito.
Alguns dos resultados da iniciativa são:
Mais de R$ 1,3 milhões emprestados para cerca de 400 empreendedores,
sendo R$ 855 mil deste montante realizado somente em 2020, para cerca de 310 pessoas
A Firgun conta com um banco composto por cerca de 1.500 investidores pessoa física e mais de 20 parceiros capacitadores
72% dos beneficiados pela fintech são mulheres, enquanto 65% são pretos e pardos e 75% se consideram empreendedores de negócios de impacto
Mais de 11 reconhecimentos, prêmios e participações em programas de aceleração
A implementação do Fundo Transforma Microcrédito, em parceria com o Clube da Preta e o Empreende Aí, deve capacitar 75 mil empreendedores e oferecer 8 mil empréstimos por meio da emissão de debêntures.
O CIEDS é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que, há 22 anos, atua nas áreas de educação, empreendedorismo, engajamento comunitário, inclusão social e bem-estar. O Coletivo Aprendiz é uma iniciativa do CIEDS que transforma vidas no município do Rio de Janeiro por meio dos programas de jovem aprendiz e estágio, gerando renda para jovens e suas famílias em vulnerabilidade social para construírem um futuro mais próspero.
Baseado em metodologias ativas de ensino, o coletivo permite que os jovens participantes desenvolvam conhecimentos e competências que os preparem para um ingresso de sucesso no mercado de trabalho. Com isso, a iniciativa procura minimizar três grandes entraves sociais: trabalho juvenil não qualificado, evasão escolar e falta de acesso ao primeiro emprego. Além disso, promove o avanço da erradicação da pobreza, educação de qualidade e redução das desigualdades.
São atendidas, majoritariamente, meninas pardas e negras, moradoras de periferia e que cursam o ensino formal. Cerca de 60% dos beneficiados têm a mãe como chefe de família e possuem renda familiar menor que dois salários-mínimos. O Coletivo Aprendiz conta, atualmente, com a parceria de 96 empresas na contratação dos jovens beneficiados e faz parte da rede Aprendiz Legal da Fundação Roberto Marinho, parceiro pedagógico. Também possui uma parceria estratégica com rede RECODE no compartilhamento de cursos profissionalizantes de tecnologia.
Alguns dos resultados da iniciativa são:
A cada R$1,00 investido no custeio do programa, mais de R$ 4,00 são revertidos em remuneração para os jovens
Mais de R$15 milhões em renda para os jovens e suas famílias desde 2017
2.320 jovens participantes da iniciativa foram contratados, o que beneficiou, indiretamente, mais de 7.800 pessoas
Do total de aprendizes concluintes em 2020, 8% ingressaram no ensino superior, 44% no ensino técnico e 4% no mercado de trabalho formal.
45% dos jovens que participaram do Coletivo se sentem mais preparados para o mercado de trabalho; 32% se sentem com chances reais de serem efetivados pelas empresas; 41% mudaram a sua perspectiva de vida e profissional; 29% sentem-se mais confiantes no seu futuro.
A startup de impacto Sustainable Development & Water for All (SDW) foi fundada em 2015 com a missão de desenvolver tecnologias hídricas e de saneamento inovadoras, que ofereçam mais saúde e qualidade de vida à população de maior vulnerabilidade socioambiental. Em seis anos de atuação, já economizaram mais de R$21 Milhões para a sociedade em saúde, saneamento e educação.
Os projetos sociais implantados pela SDW fomentam o consumo de água de qualidade para a população de regiões do semiárido e, em paralelo, diminui a desigualdade salarial, a incidência de doenças devido à utilização de água não apropriada para consumo e o absenteísmo laboral e escolar devido à tais enfermidades.
Além dos clientes, considerados parceiros financiadores, a SDW conta com parcerias estratégicas para produção, logística e implementação de suas tecnologias. Para 2024, tem o objetivo de ampliar as parcerias locais, escalando o uso de seus produtos a nível nacional e internacional. E até antes disso, em 2023, a organização quer se consolidar no Brasil e em países da África como referência de soluções sustentáveis de oferta de água e saneamento por meio de projetos socioambientais.
Alguns dos resultados da iniciativa são:
526 unidades implantadas e mais de 2600 pessoas beneficiadas
A cada R$1,00 investido na solução, cerca de R$14 são retornados socialmente
Mais de R$21 milhões economizados para a sociedade em saúde, saneamento e educação; R$14 milhões em custos evitados com outros métodos de tratamento de água; e R$780 mil em custos evitados com tratamento de doenças de veiculação hídrica
Mais de R$2 milhões em custos evitados com evasão e reprovação escolar
Mais de 27 reconhecimentos e prêmios nacionais e internacionais por seu impacto e soluções inovadoras